Recife vai receber o primeiro coliving do Brasil, com investimentos de R$ 55 milhões
O Yolo Coliving, integrando tecnologia, senso de comunidade e mercado imobiliário, será erguido no coração do Recife Antigo, no ecossistema do Porto Digital
O Recife vai receber o primeiro coliving do Brasil, o Yolo Coliving, uma nova rede do mercado imobiliário que inova no conceito de moradia e lança projeto inspirado em colivings europeus. Com a ideia de aluguel de curta e longa temporada, a proposta almeja receber trabalhadores que precisam morar na cidade e buscam infraestrutura, conforto e mobilidade com experiência de convívio e interação, para trazer à moradia serviço e solução. O prefeito do Recife João Campos esteve presente no lançamento na noite desta terça-feira (10), no Cais do Sertão.
A unidade de estreia da rede ficará no Recife Antigo, no ecossistema tecnológico do Porto Digital. O grupo prevê expansão para outras capitais, como Salvador, Fortaleza e Florianópolis.
“Quando eu vi a ideia do Yolo, ainda embrionária, e hoje vejo com passos largos dados, eu já via que era algo disruptivo, algo que fazia uma mudança considerável num padrão de investimento da cidade. Esse empreendimento é algo que não existe no Recife e não existe em muitas outras grandes cidades do mundo, nem do Brasil. Quando a gente percebe que há uma chance da cidade criar algo desse tipo, a gente tem que colocar isso no ponto daquilo que é estratégico para a cidade, para a gente poder virar referência e ter a coragem de inovar junto”, declarou o prefeito João Campos.
“A gente sabe que para empreender é preciso de segurança jurídica, precisa que a cidade compreenda que aquilo é estratégico. Foi isso que de imediato a gente conseguiu com as nossas equipes. Quero relembrar que quando a gente criou o Escritório Recentro de Gestão, criamos com ele alguns objetivos. Um deles é poder permitir essa integração entre empreendedor, poder público e diversos outros atores. Temos interesse em reestruturar o centro da cidade, porque a gente quer poder ver o centro tendo oportunidade de empregos de qualidade e ver moradias. Não tem como o centro dar certo, sem moradia”, completou o prefeito.
O Yolo receberá um aporte inicial de R$ 55 milhões e será construído em localização estratégica no histórico Bairro do Recife, na Avenida Cais do Apolo, com vista para o Rio Capibaribe e também para o Atlântico.
“Esse é um empreendimento extraordinário, que está bem alinhado com o esforço que a Prefeitura vem fazendo de reocupar o centro, incluindo com moradia. É um projeto que, de certa maneira, é uma materialização do Recentro, do esforço de reocupação pra que a gente tenha uma dinâmica viva no bairro. Não apenas durante o dia, mas também à noite com moradores aqui, fazendo com que o bairro fique vivo 24 horas por dia. Esse é o primeiro grande projeto que a gente tem aqui de moradia, junto com o do Moinho, que vai justamente das concretude a esse esforço de reocupação do centro”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Rafael Dubeux.
A solução foi idealizada pelos sócios e fundadores do Yolo, Yves Nogueira, Italo Nogueira e Diogo Nogueira, empreendedores seriais e investidores-anjo em mais de 60 startups no país. Integrado com os esforços da Prefeitura do Recife em ocupar o centro da cidade, o sócio e fundador Yves Nogueira considera a chegada do empreendimento como algo positivo para a cidade. “A gente está lançando para a sociedade recifense e pernambucana hoje o conceito de coliving. Integrado com esse movimento da Prefeitura do Recife de reocupar o centro da cidade e reformar os casarões que a gente tem no centro”, disse.
ESTRUTURA
Primeira unidade da rede, em Pernambuco, o Yolo oferecerá área privativa de mais de 7 mil metros quadrados, dividida em 225 unidades habitacionais, e cerca de 4 mil metros quadrados de área comum, que contará com 14 lojas. O prazo estimado em projeto para construção é de 24 meses, com início das obras previsto para o segundo semestre de 2022
O empreendimento anunciou compromisso público de integrar os moradores da comunidade do Pilar, como mão de obra para oportunizar trabalho e renda para as famílias do local.
